De Quino. Sim, o mesmo que desenha a Mafalda.
Porque hereditariedade é coisa muito séria!
sábado, 31 de janeiro de 2009
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
PINHOLE
Semana de trabalho intenso na oficina de pinhole do Ateliê da Imagem. Fotografamos sem lentes ou qualquer aparato parecido com máquina fotográfica. Caixas de fósforos fiat lux e filme colorido ASA 100 transformaram-se nas minhas mãos na ultra revolucionária câmera Pin-Okia! Depois publico aqui as imagens feitas a partir da Pin-Okia. As fotos que seguem foram feitas em uma lata azul de panetone. Uma lata gigante que abriga perfeitamente uma folha de papel fotográfico no tamanho18x24. O processo de trabalho na oficina ministrada por Leandro Pimentel é todo artesanal, possibilita a reciclagem de vários materiais e é altamente inspirador. Mas não vão pensando que se trata de brincadeira de criança! A técnica do pinhole é desenvolvida por cada um, é certo, mas exige imensas experimentações e uma pesquisa séria. E é uma delícia, uma viagem ao que para mim é a essência da fotografia, a experimentação com a luz e o exercício de criação de uma linguagem visual.
'praia vermelha' - negativo em papel agfa vencido, dia de chuva,
12 minutos de exposição
'praia vermelha' - cópia positiva.
'movimento dos barcos' - negativo em papel agfa vencido,
dia de sol, 3 minutos de exposição.
'movimento dos barcos', cópia positiva.
'praia vermelha' - negativo em papel agfa vencido, dia de chuva,
12 minutos de exposição
'praia vermelha' - cópia positiva.
'movimento dos barcos' - negativo em papel agfa vencido,
dia de sol, 3 minutos de exposição.
'movimento dos barcos', cópia positiva.
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
RECEITA
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
muito dos meus excessos são pela palavra, pelo uso e abuso da palavra.
palavras, palavras.
vontade de falar e ouvir, necessidade de diálogo comigo mesma.
sinto-me desafiada pelo silêncio, pelo meu silêncio. o silêncio me condena ao exagero, ao devaneio.
ando sempre com papel e caneta. escrevo todos os dias.
esse abundar de dizeres e falas talvez seja um pouco do que me restou do trabalho árduo com a filosofia.
sobejos.
fiquei impregnada pela lida com a palavra, metier dos filósofos, dos poetas e dos escritores.
palavra-escárnio, palavra-lasciva, palavra-pedra.
minha palavra é vítima de mim mesma, sofre da loucura de se fazer viva no papel ou na tela do computador. a brancura sempre desafiadora do papel e da tela...
um vazio que grita aos meus ouvidos: "comete aqui teus pecados. livra-te dos teus silêncios. vem perder-te em tuas ranhuras equívocas. risca em minha pele tua fúria."
e lá vou eu me excedendo no gesto da escrita, gritando meus insanos hieróglifos, arabescos indecifráveis. e vivo assim perpetuando o meu pecado diário, puro vício sub-reptício.
palavras, palavras.
vontade de falar e ouvir, necessidade de diálogo comigo mesma.
sinto-me desafiada pelo silêncio, pelo meu silêncio. o silêncio me condena ao exagero, ao devaneio.
ando sempre com papel e caneta. escrevo todos os dias.
esse abundar de dizeres e falas talvez seja um pouco do que me restou do trabalho árduo com a filosofia.
sobejos.
fiquei impregnada pela lida com a palavra, metier dos filósofos, dos poetas e dos escritores.
palavra-escárnio, palavra-lasciva, palavra-pedra.
minha palavra é vítima de mim mesma, sofre da loucura de se fazer viva no papel ou na tela do computador. a brancura sempre desafiadora do papel e da tela...
um vazio que grita aos meus ouvidos: "comete aqui teus pecados. livra-te dos teus silêncios. vem perder-te em tuas ranhuras equívocas. risca em minha pele tua fúria."
e lá vou eu me excedendo no gesto da escrita, gritando meus insanos hieróglifos, arabescos indecifráveis. e vivo assim perpetuando o meu pecado diário, puro vício sub-reptício.
domingo, 25 de janeiro de 2009
CLACLA
fico impressionada com a capacidade da minha filha de quase 6 anos de pintar o sete. ela ama tinta e pincel e pinta uns quadrinhos bem divertidos, às vezes usa os dedos, tudo depende. adora cantar e agora aprendeu a assoviar e eu tenho um passarinho em casa. compõe umas musiquinhas lindas e acabei de fazê-la durmir cantando "fecha os olhinhos pra você durmir, quero que você durma até amanhecer..." canção de ninar feita por ela para as bonecas dela. dança , brinca e ri o dia inteiro, sem parar! afora isso gosto sempre de falar da incrível facilidade que a figurinha tem com a linguagem, seja escrita ou falada. aprendeu a falar com um aninho, já lê e escreve tudo. nunca falou errado. usa adjetivos com uma propriedade assustadora. e hoje me falou: "mãe, lembra que eu ficava muito ansiosa para desenhar no computador? pois é, agora aprendi, vem ver o desenho que eu fiz".
sábado, 24 de janeiro de 2009
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
WHEN YOU'RE AWAY
hoje estou meio fora de órbita.
acordei, tomei café da manhã com minha mãe e minha filha. fiz um 'chai', aquele chá indiano de cravo, canela, cardamomo e pimenta. fiz de tanto a eleonora falar que era delicioso e tal... mas não gostei muito porque o lance leva leite e achei estranho o gosto da pimenta e do leite juntos na boca. adoro pimenta, e ultimamente tenho usado muito a do tipo dedo-de-moça nos meus pratos.
mas o leite uso com muita parcimônia, me enjoa um pouco..
tentei dar cabo na tese de doutorado que tenho que ler mas ainda não consegui terminar...
essa última semana foi uma mistura de susto e surpresa, tive três momentos muito bons de absoluta entrega à mulher que sou. e justo num momento absolutamente maternal, com mãe e filha por perto, o que é um pouco raro.
ando rodeada de um desejo de ser uma coisa nova, mais radiante. e tento, mas não depende só de mim. e acho que é por isso que estou meio sem saber para onde ir.
eu agora ouço when you're away, disco de absoluta grandeza na voz de carmen mcrae. ouço porque me traz uma paz tranquila, e é isso que eu quero ter sempre, o coração tranquilo.
minha filha está rodeada das suas bonecas e minha mãe brinca com ela. elas riem muito.
sinto falta de algumas coisas preciosas que estão sempre na minha vida, entre elas um pouco da rotina do meu dia-a-dia que, apesar de às vezes ser completamente entediante e claustrofóbica, é um pouco necessária para que eu consiga fazer aquilo que tenho urgência.
o tempo anda meio arrastado e eu me arrasto junto com ele.
essa chuva não ajuda muito, muito menos o telefone mudo.
acordei, tomei café da manhã com minha mãe e minha filha. fiz um 'chai', aquele chá indiano de cravo, canela, cardamomo e pimenta. fiz de tanto a eleonora falar que era delicioso e tal... mas não gostei muito porque o lance leva leite e achei estranho o gosto da pimenta e do leite juntos na boca. adoro pimenta, e ultimamente tenho usado muito a do tipo dedo-de-moça nos meus pratos.
mas o leite uso com muita parcimônia, me enjoa um pouco..
tentei dar cabo na tese de doutorado que tenho que ler mas ainda não consegui terminar...
essa última semana foi uma mistura de susto e surpresa, tive três momentos muito bons de absoluta entrega à mulher que sou. e justo num momento absolutamente maternal, com mãe e filha por perto, o que é um pouco raro.
ando rodeada de um desejo de ser uma coisa nova, mais radiante. e tento, mas não depende só de mim. e acho que é por isso que estou meio sem saber para onde ir.
eu agora ouço when you're away, disco de absoluta grandeza na voz de carmen mcrae. ouço porque me traz uma paz tranquila, e é isso que eu quero ter sempre, o coração tranquilo.
minha filha está rodeada das suas bonecas e minha mãe brinca com ela. elas riem muito.
sinto falta de algumas coisas preciosas que estão sempre na minha vida, entre elas um pouco da rotina do meu dia-a-dia que, apesar de às vezes ser completamente entediante e claustrofóbica, é um pouco necessária para que eu consiga fazer aquilo que tenho urgência.
o tempo anda meio arrastado e eu me arrasto junto com ele.
essa chuva não ajuda muito, muito menos o telefone mudo.
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
IS THAT ALL THERE IS
Sempre fui fã de cantoras, acho a voz feminina o mais belo dos instrumentos. No mundo do jazz sempre se fala de cantoras como Billie Holliday, Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan e Nina Simone, que são conhecidas do grande público. Peggy Lee, Julie London, Carmem McRae e Anita O’day eu vim descobrir tardiamente. Mas a minha admiração pela voz da louraça Peggy Lee foi cabal. Como atriz Lee chegou a ganhar um Oscar por “Pete Kelly's Blues” (1955), como cantora acompanhou a orquestra de Benny Goodman e foi admirada por Duke Ellington que a chamava de Rainha, como compositora contribuiu, entre outras coisas, com as canções do filme a Dama e o Vagabundo, da Disney, além de interpretar no longa as vozes dos personagens Querida e Peggy e dos gatos siameses Si e Am. Dona de uma voz deslumbrante e de uma sensualidade absurda, Peggy Lee foi uma personidade que influenciou muitos figurões que estão por aí, de Paul McCartney a Madonna. Eu passo mal toda vez que ouço Black Coffee e só não postei ela cantando essa música porque não encontrei nada. Aliás, é lamentável que tenhamos tão poucas imagens de Lee disponíveis e no Brasil raros discos seus em circulação. O vídeo abaixo é muito bom, reparem na cara de extase de Benny Goodman!!
quarta-feira, 21 de janeiro de 2009
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
SÃO SEBASTIÃO
No dia 20 de janeiro de 1995 eu estava no arraial de Trancoso na Bahia. Era para eu passar só o dia, fui para a festa de São Sebastião que também é padroeiro da cidade. Foi uma festa linda do povo da cidade com direito a show da Gal Costa no 'quadrado', forrozinho com Elba Ramalho cantando e viagens lisérgicas na praia de nudismo ao amanhecer. Vendi minha passagem de volta e fiquei na cidade por mais um mês, completamente apaixonada pelo lugar. Nunca mais voltei, o que é uma pena. Hoje vivo na cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro que me proporcionou um dia inesquecível também. E esse dia começou ontem. Depois de quase trinta dias sozinha, sem família por perto, recebi minha filha e minha mãe que chegaram na cidade, uma no Galeão, a outra na Rodoviária. Clarice, minha filha carioquíssima, ao me ver, me abraçou, me beijou, me abraçou, me beijou e disse: "Mamãe, eu estava com muitas, muitas saudades de você. Mas eu estava com muitas saudades do Rio de Janeiro também. Vamos à praia?". Rimos muito e prometi a praia. Hoje acordamos cedo e fomos para a beira do mar. Passamos quase um dia inteiro na praia, compartilhando o sol, o mar, a areia e os biscoitos Globo com mate, plenas de amor de mãe e filha. Viva São Sebastião, meu padroeiro de dias memoráveis!
domingo, 18 de janeiro de 2009
AL SATTERWHITE
As fotografias de Al Satterwhite são cheias de movimento e quase sempre representam o átimo de uma ação, o que faz com que seu olho seja absolutamente privilegiado para a fotografia de esportes. Mas o cara não se limita aos esportes e o seu portifólio é recheado de pequenas obras de arte, seja na consolidação de um trabalho autoral ou na fotografia para cinema que também é o seu forte. A saturação de cores nos revela um mundo novo em que o choque do olhar e das cores é o que mais parece valer. Descobri o trabalho desse fotógrafo incrível através da assinatura nessa fantástica foto de Stewie Wonder em uma matéria sobre os 50 anos da gravadora Motown no ipsis litteris, o blog do Grijó. Como vocês sabem, meu olhar está antenadíssimo para as imagens dos músicos em qualquer tempo e lugar. E as minhas descobertas estão sendo excepcionais!. Al Satterwhite é ainda um excelente retratista e pirei com essa foto do escritor Hunter S. Thompson. Vale a pena colorir o olhar com suas imagens! Ah! E ele tem algumas fotos de suculentas em flor, adoro!!!!!!!
MÃE E FILHA
sábado, 17 de janeiro de 2009
1973
eu adoro estas fotografias. são de fevereiro de 73. na verdade, a minissaia de minha mãe grávida!, a lambreta e as costeletas do meu pai denunciam a década. eu amava essa lambreta e esse quintalzinho. tenho, desse período entre os meus 2 e 3 anos, as mais tenras lembranças da minha infância e visitar estas imagens traz uma doce melancolia para o meu dia.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
SUCULENTA EM FLOR III
B.O.
cartão visa internacional (sem uso e sem assinatura)
ourocard banco do brasil - master card (bastante usado e sem asinatura)
R$ 47,80
carteira de pós-graduação da unirio (a velhinha e a nova)
cartão do metrô com carga
cartão telefônico com 50 unidades
cartão do convênio odontológico
cartão do convênio médico
cartão do plano de saúde da clarice
ticktes de desconto para a próxima sessão de depilação
cartão do taxista que aceita cartão de crédito
cartão da clínica de fisioterapia
comprovante de pagamento dos livros que ainda não recebi
xerox autenticada da carteira de identidade (vencida)
título de eleitor e comprovante de votação da última eleição
moeda de 100 reis com cara de índio
6 fotos 3x4 da clarice (uma de cada ano)
minha última foto 3x4
3x4 do marcelo
3 sementes de romã do ano novo (cuidadosamente embrulhadas em guardanapo branco)
carteira vermelha de couro
alguns segredos
ourocard banco do brasil - master card (bastante usado e sem asinatura)
R$ 47,80
carteira de pós-graduação da unirio (a velhinha e a nova)
cartão do metrô com carga
cartão telefônico com 50 unidades
cartão do convênio odontológico
cartão do convênio médico
cartão do plano de saúde da clarice
ticktes de desconto para a próxima sessão de depilação
cartão do taxista que aceita cartão de crédito
cartão da clínica de fisioterapia
comprovante de pagamento dos livros que ainda não recebi
xerox autenticada da carteira de identidade (vencida)
título de eleitor e comprovante de votação da última eleição
moeda de 100 reis com cara de índio
6 fotos 3x4 da clarice (uma de cada ano)
minha última foto 3x4
3x4 do marcelo
3 sementes de romã do ano novo (cuidadosamente embrulhadas em guardanapo branco)
carteira vermelha de couro
alguns segredos
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
E POR FALAR NISSO.....
Lembrei-me desse vídeo precioso com Baden, Pixinguinha e João da Baiana. João da Baiana toca prato e faca e abro aqui um pequeno parentêses para lembrar que Dona Edith, do Reconcâvo, mãe-de-leite de Caetano Veloso, mais conhecida por Dona Edith do Prato, morreu essa semana... a arte de tocar prato e faca, no entanto, fica. Já vi Cristina Buarque fazendo isso com maestria... Enfim, só pra registrar.
Pixinguiinha e João da Baiana, duas entidades maiores do samba, estão elegantíssimos, como sempre. Junto com Clementina de Jesus eles formam a Santíssima Trindade do samba carioca. Quem não conhece a famosa foto de Pedro de Moraes? E por falar em Pedro de Moraes, filho do poeta Vinícius, deixo aqui a dica da exposição de fotos desse fotógrafo fundamental para a memória da música brasileira. Não fosse a importância da foto da Santíssima Trindade ele nos brinda com tantas outras que já se tornaram verdadeiros ícones.
Exposição Pedro de Moraes – Até 09 de março de 2009. Pequena Galeria 18. Av. Atlântica, 1782.
Pixinguiinha e João da Baiana, duas entidades maiores do samba, estão elegantíssimos, como sempre. Junto com Clementina de Jesus eles formam a Santíssima Trindade do samba carioca. Quem não conhece a famosa foto de Pedro de Moraes? E por falar em Pedro de Moraes, filho do poeta Vinícius, deixo aqui a dica da exposição de fotos desse fotógrafo fundamental para a memória da música brasileira. Não fosse a importância da foto da Santíssima Trindade ele nos brinda com tantas outras que já se tornaram verdadeiros ícones.
Exposição Pedro de Moraes – Até 09 de março de 2009. Pequena Galeria 18. Av. Atlântica, 1782.
TRISTEZA E SOLIDÃO
Os afro sambas de Baden e Vinícius são um gênero único na música brasileira. Momento inspiradíssimo desses dois gênios. Que sorte a nossa!! Tenho algumas gravações. Ouço sempre. Para vocês terem uma idéia, ouvi pela última vez na passagem de ano. Vou dialogar aqui com a minha amiga Cris Kenne que no seu Chysalida prestou uma homenagem ao Baden com a apresentação do belíssimo afro samba "'Tristeza e solidão", na voz especial da cantora e compositora Dulce Nunes. Lindo, lindo!!! O violão de Baden era completamente sedutor. Creio que o violão seja um dos instrumentos mais sedutores e agregadores que existe. E nas mãos do Baden o negócio virava um perigo! Vou postar aqui um vídeo dele mais velho, tocando e interpretando no programa Ensaio. Dizem que ele renegou os afro sambas no fim da vida, quando parou de beber e se tornou evangélico. Ia confirmar isso direitinho consultando a biografia "O violão vadio de Baden" mas percebi que o livro sumiu da estante. Pra quem será que eu emprestei?
segunda-feira, 12 de janeiro de 2009
A VOLTA DO VINIL
Folha Online : "A indústria do vinil deu novo sinal de vida em 2008. Com 1,8 milhão de unidades vendidas nos Estados Unidos no ano passado, a comercialização de LPs cresceu 89% em relação a 2007, quando 990 mil unidades saíram das prateleiras". O álbum (em vinil, é claro!) mais vendido no mundo no ano passado foi do Radiohead (grupo que se apresenta em março no Brasil) "In Rainbows", com 25.800 unidades vendidas.
Que beleza de notícia! Não adianta, vinil tem um som fantástico e pra mim não tem preço virar o disco na vitrola. O tamanho do encarte, as fotos maravilhosas, as fichas técnicas completas e em letras saudáveis, enfim.... poderia rezar um terço em favor dos bolachões. A única coisa que acho difícil é o peso dos danadinhos, principalmente pra quem tem muitos deles... No Brasil foram raros os lançamentos em vinil nos últimos anos. Sei que Ed Mota e Lenine lançaram LP's (acho que a Maria Rita também, mas não tenho certeza). É, quem diria, o CD é coisa do passado, o futuro agora é em vinil!
Que beleza de notícia! Não adianta, vinil tem um som fantástico e pra mim não tem preço virar o disco na vitrola. O tamanho do encarte, as fotos maravilhosas, as fichas técnicas completas e em letras saudáveis, enfim.... poderia rezar um terço em favor dos bolachões. A única coisa que acho difícil é o peso dos danadinhos, principalmente pra quem tem muitos deles... No Brasil foram raros os lançamentos em vinil nos últimos anos. Sei que Ed Mota e Lenine lançaram LP's (acho que a Maria Rita também, mas não tenho certeza). É, quem diria, o CD é coisa do passado, o futuro agora é em vinil!
12 DE JANEIRO
ah, corra e olha o céu
que o sol vem trazer bom dia!
minha janela amanheceu assim hoje... são 6:20 da manhã e a rádio urubu toca cartola, 'corra e olha o céu' e 'alvorada'. óbvio demais, talvez. tão óbvio quanto o convite feito de cores: "ah, corra e vá pra praia que o mar vai te fazer um bem danado!!!" e é exatamente isso que vou fazer agora. banhar-me nas águas de yemanjá, tomar o sol que está nascendo e caminhar na areia. praia pra mim é assim, cedinho, pouca gente... quando começo a ouvir 'olha o mate!" "biscoito globo!" e etc já é hora de voltar pra casa.
que o sol vem trazer bom dia!
minha janela amanheceu assim hoje... são 6:20 da manhã e a rádio urubu toca cartola, 'corra e olha o céu' e 'alvorada'. óbvio demais, talvez. tão óbvio quanto o convite feito de cores: "ah, corra e vá pra praia que o mar vai te fazer um bem danado!!!" e é exatamente isso que vou fazer agora. banhar-me nas águas de yemanjá, tomar o sol que está nascendo e caminhar na areia. praia pra mim é assim, cedinho, pouca gente... quando começo a ouvir 'olha o mate!" "biscoito globo!" e etc já é hora de voltar pra casa.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
LINDO. LINDAS!!
Fátima Guedes e Elis Regina cantando juntas. Fátima linda, linda! Elis naquela fase com cara de senhora. Que coisa esse youtube!! Queria saber quem são os músicos que acompanham as duas e que momento foi esse... o ano é 1978. A música Meninas da Cidade é uma das pérolas da Fátima, essa grande compositora!! Absolutamente maravilhoso!!
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
A MELANCOLIA DO JAZZ
Nardis é uma composição do grande Miles Davis. A interpretação aqui fica por conta do trio de Bill Evans, outro músico de absoluta grandeza e faz parte de um show realizado em 1965, em Londres. Considero esse registro genial pois cada quadro é um retrato da melancolia do jazz. Quase tudo são cortes, mãos, cabeças, detalhes dos instrumentos... No público presente não há esboço de um sorriso sequer. Um belo encontro entre som e imagem.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
584 A
olhou e viu um par de olhos arregalados.
nenhum sorriso. só o susto,
um tumtumtum no peito, o ônibus parado,
a porta cerrada, o sinal vermelho.
sem saber o que fazer, ameaçou um adeus...
suspirou, olhou pro chão, procurou o passo, os pés, as pernas...
seguiu em frente.
só não entendeu porque tudo tinha ficado tão azul de repente.
SE ORIENTE RAPAZ!
precisava ser mais duas ou três andréas. uma só pra ficar em casa, arrumando os meus discos, os livros, as gavetas, fuçando nas caixinhas esquecidas, ouvindo jazz, pregando um novo quadro na parede, recebendo os amigos para um bom papo, uma boa música e uma boa comida - como fiz ontem no dia de santos reis e foi absolutamente maravilhoso!! outra só pra ficar andando (pelo rio de janeiro e por onde quiser), fotografando, escrevendo, observando. outra andréa, lúdica, ficaria brincando com a clarice o dia inteiro, rindo, cantando, desenhando, dançando - leves e soltas como bolha no ar! outra ficaria na frente do computador, atuando na blogsfera, vendo os vídeos no youtube, descobrindo um novo mundo em janelas virtuais. uma outra mais séria, que também ficaria na frente do computador, só que sem navegar sem rumo. esta só terminaria uma dissertação de mestrado, escreveria o artigo sobre o samba carioca, transporia para o papel dois ou três projetos que moram nas ideías... outra, importantíssima, só pra ganhar dinheiro! e talvez uma outra, etérea, sem corpo e sem espaço, uma só vontade, desejo e pensamento, que não dorme e não come, só fica orquestrando essas outras andréas. menos corpórea mas nem por isso menos real que as outras, pois seria a fonte de tudo, das outras andréas e de todo esse mundo multifacetado. puro pensamento, polifônia, pluralidade. e parafraseando o poeta, traduzir uma parte nas outras partes - que é uma questão de vida ou morte - será arte?
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
ARTIGO
A Revista Eletrônica Jovem Museologia acaba de lançar número novo na Web. A edição conta com um texto de minha autoria sobre o fotógrafo francês Marcel Gautherot. Já vou avisando que se trata de um dos meus primeiros textos sobre a obra de Gautherot mas serve como um panorama da importância da fotografia na construção da imagem do Brasil. Para os que apreciam uma leitura acadêmica, é claro! Como o texto não tem imagens vou postar aqui uma foto de Gautherot do reisado, só porque hoje é dia de reis!
acervo marcel gautherot/instituto moreira salles
acervo marcel gautherot/instituto moreira salles
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
domingo, 4 de janeiro de 2009
DOMINGOS ENSOLARADO
Foi fácil decidir encarar a chuva e sair da toca nesse fim de domingo. Nada mais sedutor pra mim do que assistir a um filme do Domingos de Oliveria, esse fantástico ator e diretor. "Juventude" é um filme que me deixou com lágrimas nos olhos, pela beleza e sensibilidade em tratar de temas de tecitura tão frágil: amores, juventude, filhos, morte, filosofia, amizade, ou melhor dizendo, da vida nas suas mais sensíveis dobraduras e da perplexidade diante dela. O trio de atores, composto pelo próprio Domingos mais Paulo José e Aderbal Freire-Filho, está impecável. Domingos de Oliveira é o Woody Allen carioca, não tem jeito. Seus filmes são cheios de humor e fina ironia sobre os temas mais humanos e contundentes. Certas cenas são como radiografias das relações humanas e eu considero esse poder admirável. Só por isso valeria a pena ter ido ao Espaço de Cinema, mas me surpreendi logo no início da sessão com a apresentação de um curta-metragem delicadíssimo intitulado "O teu sorriso", de Pedro Freire, com Juliana Carneiro da Cunha e Paulo José. Eu nem me lembrava mais da última vez que tinha assistido a um curta-metragem antes de um longa, como acontecia nos velhos e bons tempos que não voltam jamais. O curta é um filme sobre o amor, a paixão, sobre a possibilidade do amor em qualquer momento das nossas vidas. A cena inicial, com os dois amantes ao som de um violão, é absolutamente maravilhosa. E, gente, o que é Paulo José?! que ator formidável!!
Domingos de Oliveira é diretor de 'Todas as mulheres do mundo', 'Separações', 'Feminices' e 'Carreiras'.
Domingos de Oliveira é diretor de 'Todas as mulheres do mundo', 'Separações', 'Feminices' e 'Carreiras'.
A DELÍCIA DE SER O QUE É
final de semana absolutamente maravilhoso (estou adorando estas duas palavras juntas: absolutamente e maravilhoso!!). final de semana de encontro comigo mesma e com a minha paz interior. final de semana com um rio de janeiro pleno de sol e chuva, vento e calor. final de semana com lou reed, bob dylan, leonard cohen e yusuf, outrora, cat stevens. final de semana mergulhada nas minhas imagens, as que produzo, quais sejam, todas elas, a auto-imagem e as outras, todas, que não deixam de ser nunca auto-imagens também. final de semana exercicitando o aprendizado do tempo em mim. final de semana sem espelho retrovisor. final de semana de namoro com o meu apartamento e minhas coisas tão queridas e cultivadas. final de semana com café e cigarros. final de semana com saudade gostosa da minha filha clarice. final de semana me sentindo uma delícia!!
sábado, 3 de janeiro de 2009
O TEMPO
O tempo é o maior tesouro de que um homem pode dispor; embora inconsumível, o tempo é o nosso melhor alimento; sem medida que o conheça, o tempo é contudo nosso bem de maior grandeza: não tem começo, não tem fim; é um pomo exótico que não pode ser repartido, podendo porver igualmente a todo mundo; onipresente, o tempo está em tudo; existe tempo, por exemplo, nesta mesa antiga: existiu primeiro uma terra propícia, existiu depois uma árvore secular feita de anos sossegados, e existiu finalmente uma prancha nodosa e dura trabalhada pelas mãos de um artesão dia ápos dia; existe tempo nas cadeiras onde sentamos, nos outros móveis da família, nas paredes da nossa casa, na água que bebemos, na terra fecunda, na semente que germina, nos frutos que colhemos, no pão em cima da mesa, na massa fértil dos nossos corpos, na luz que nos ilumina, nas coisas que nos passam pela cabeça, no pó que dissemina, assim como em tudo que nos rodeia: rico não é o homem que coleciona e se pesa no amontoado de moedas, e nem aquele, devasso, que se estende, mãos e braços, em terras largas; rico é o homem que aprendeu, piedoso e humilde, a conviver com o tempo, aproximando-se dele com ternura, não contrariando suas disposições, não se rebelando contra o seu curso, não irritando sua corrente, estando atento para o seu fluxo, brindando o antes com sabedoria para receber dele os favores e não a sua ira; o equilíbrio da vida depende essencialmente deste bem supremo, e quem souber com acerto a quantidade de vagar, ou a de espera, que se deve pôr nas coisas, não corre nunca o risco, ao buscar por elas, de defrontar-se com o que não é: por isso, ninguém em nossa casa há de dar nunca o passo mais largo que a perna: dar o passo mais largo que a perna é o mesmo que suprimir o tempo necessário à nossa iniciativa; ninguém em nossa casa há de colocar nunca o carro à frente dos bois: colocar o carro à frente dos bois é o mesmo que retirar a quantidade de tempo que um empreendimento exige; e ninguém ainda em nossa casa há de começar nunca as coisas pelo teto: começar as coisas pelo teto é o mesmo que eliminar o tempo que se levaria para erguer os alicerces e as paredes de uma casa; aquele que exorbita no uso do tempo, precipitando-se de modo afoito, cheio de pressa e ansiedade, não será jamais recompensado, pois só a justa medida do tempo dá a justa natureza das coisas.
Trecho (absolutamente maravilhoso) de Lavoura Arcaíca, Raduan Nassar.
Trecho (absolutamente maravilhoso) de Lavoura Arcaíca, Raduan Nassar.
sexta-feira, 2 de janeiro de 2009
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
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