Os afro sambas de Baden e Vinícius são um gênero único na música brasileira. Momento inspiradíssimo desses dois gênios. Que sorte a nossa!! Tenho algumas gravações. Ouço sempre. Para vocês terem uma idéia, ouvi pela última vez na passagem de ano. Vou dialogar aqui com a minha amiga Cris Kenne que no seu Chysalida prestou uma homenagem ao Baden com a apresentação do belíssimo afro samba "'Tristeza e solidão", na voz especial da cantora e compositora Dulce Nunes. Lindo, lindo!!! O violão de Baden era completamente sedutor. Creio que o violão seja um dos instrumentos mais sedutores e agregadores que existe. E nas mãos do Baden o negócio virava um perigo! Vou postar aqui um vídeo dele mais velho, tocando e interpretando no programa Ensaio. Dizem que ele renegou os afro sambas no fim da vida, quando parou de beber e se tornou evangélico. Ia confirmar isso direitinho consultando a biografia "O violão vadio de Baden" mas percebi que o livro sumiu da estante. Pra quem será que eu emprestei?
17 comentários:
Como foi difícil comentar! Mas depois de muito insistir acho que ovu conseguir.
Gostei muito do seu espaço. Muitos chamam vc de Dedéa, Déa. Mas fico com Andréa pois não tenho intimidade.
Mas acho Andréa que vc deveria escrever para jornal ou revistas. Seus textos são pequenos mas bem informados e prendem a atenção. Isso é m,uiito importante na internet. Ninguém aguenta ler textos longos no meio virtual.
Tudo parece fotografia, os textos são como fotografias!
Alice Fraga
oba! salve simpatia!!!
lendo sobre o baden (brasileiro é sempre íntimo mesmo né!) encontrei uma entrevista bacana de 1999 na folha de sp com o Pedro Alexandre Sanches chamada Evangélico, músico não diz mais "saravá".
na entrevista anterior a essa tem uma tirada muito boa dele: "Sem juventude não tem revolução. Se rock é música ruim, isso é outro departamento. Esse negócio de rock é para criança." gênio! (e que o camarada não nos ouça) rrssss
bs
Andréa,
O Baden é um marco na maneira de tocar violão, no Brasil. Antes dele tinha o Garoto, outro gênio, mas o Baden mudou tudo. E tudo o que veio depois (Toquinho, Hélio Delmiro, Marco Pereira, Guinga), veio influenciado por ele.
Quando tornou-se evangélico, parou de cantar os afro sambas. Deixou de cantar Samba da Benção, pra não ter que cantar a palavra Saravá.
Tem um disco muito bonito, da Mônica Salmaso cantando os Afro Sambas, acompanhada do Paulo Bellinati. Explêndido.
O que eu mais gosto, entretanto, é um discão bem antigo, do Vinícius e do Baden onde eles cantam esses sambas. Incomparável.
Arnaldo
não esqueça do João Gilberto, este sim inovou a batida do violão
sem dúvida, Baden era mais virtuoso
sobre os tributos ultimamente lançados, Mariana Leporace lançou um CD em tributo a Baden e a Carol Saboia junto com o pai, Antonio Adolfo, faz uma leitura muito bonita de Canto de Ossanha em seu disco ao vivo
vale conferir !
Abs,
Putz! uma de minhas maiores frustrações é não conseguir tocar violão. Adoro e concordo com vc sobre a sedução e agregação, basta alguém trazer um violão e todos se aproximam, atentos e ansiosos, né?
Me honrou sua visita.
Linda sua foto.
Beijão.
Arnaldo, esse disco da Mônica Salmaso com o Bellinati é muito bom. Gosto muito dos arranjos que ele fez para o violão. O que impressiona é que são muito diferentes da maneira como o Baden tocava e, ao mesmo tempo, poderiam ter sido tocados pelo próprio (que paradoxo...) Eu vi uma apresentação da Mônica com o Bellinati tocando os afrosambas em 2001. Foi impressionante.
Agora, realmente, a gravação original de 1966 é linda, apesar da qualidade da gravação deixar a desejar. Em 1990, o Baden regravou os afrosambas. Essa gravação merece muita atenção, pois nela o violonista faz aparecer o seu violão, que mal se ouve na gravação original. Abraços a todos.
maravilha. Baden é um artista importantíssimo para o violão, para o Brasil, para a minha vida, haha!!
Tenho MUITA coisa que ele fez em mp3. tenho uns 20 discos. com a márcia, com ograpelli, com o vinícius, sozinho, com laurindo de almeida, com herbie mann, com jimmy pratt, com maria aparecida, com os cantores da lapinha, enfim... disco pra caramba. e virtuosismo e sedução são palavras boas pro violão dele. e eu não entendo nada de violão, absolutamente nada. só gosto muito de baden, como gosto do jão gilberto e do garoto e do helio delmiro e tantos outros... tem um site dedicado a obra do baden.... mais de um até, vou postar aqui os endereços..
grande abraço em todos!! e agora vou ouvir Baden, pois é preciso!
http://www.brazil-on-guitar.de
http://www.badenpowell.com.br
estes são dois sites que contemplam a obra do baden, violões, discos, história... almanaque baden aos interessados.
loronix também tem vários discos dele em mp3....
Andréa, obrigado pela visita ao meu blog.
Você é sempre bem vinda.
Um abraço.
Edson Campos
Aproveitando a polêmica do post anterior, baixei recentemente os Afrosambas:
Canto de Ossanha
Canto de Xangô
Bocoché
Canto de Iemanjá
Tempo de amor
Canto do Caboclo Pedra-Preta
Tristeza e solidão
Lamento de Exu
Sensacional. Dá pra entender porque muitos dizem que é um marco na MPB. Veio também com uma cópia digital da capa e dos encartes. Sim, eu sei que não é a mesma emoção de manusear o bolação original, mas... fazer o quê?
Deá, o arquivo é grande, não dá pra mandar por e-mail. Depois te gravo um CD, beleza?
Beijos.
:)))
oi, pedro, eu tenho, né? o bolachão de 66. tenho também os arquivos em mp3 (os de 66 e uma versão de 1990, as duas com o quarteto em cy) e a versão belinatti/salmaso, esta em CD. eu ainda não conheço 'mares profundos' da virginia rodrigues, esse eu queria....
valeu, mesmo assim.
bj
Eu não sabia dessa biografia "violão vadio" do Baden. Fui na estante virtual e comprei um exemplar para mim. Se você não achar o teu, eu vi que tem dois exemplares em sebos aí do Rio de Janeiro por R$20,00, se não me engano. Dá uma olhada. Depois que eu ler discutimos o livro, ok?
pois é, nico, o jodacil (damasceno) não gosta dessa biografia 'violão vadio'. na época da minha leitura ele disse que estavam escrevendo outra biografia do baden, alguém q ele conhecia tava escrevendo. depois vejo com ele se saiu essa outra... bj
Guzz,
Eu adoro o João Gilberto, mas acho que a coisa é diferente. João Gilberto inovou na coisa da divisão e da harmonia. Acho, aliás, que ele é o grande revolucionário da nossa música.
Baden é uma coisa, João é outra e ambos são indispensáveis.
Nico,
De fato, a qualidade do disco de 66 não é lá grande coisa, mas o que me incomoda, mesmo, é o Baden cantando.
Andrea,
Também tenho muita coisa do Baden, mas este disco dele com o Grappelli é uma coisa que eu gostava e hoje não tenho mais muita paciência pra ouvir.
oi, arnaldo, poxa, é claro que sempre acontece isso de a gente não querer ou não aguentar ouvir uma coisa que admirávamos muito em outra época, em outro momento de nossas vidas. mudamos, né? o ouvido muda, o 'mood' muda. rsrs
mas o fato é que, como vc mesmo disse, o cara é indispensável. a obra é grande e fundamental, apesar de não ser irretocável.
beijo
a força do sol negro:
estou ouvindo 'mares profundos' da virgínia rodrigues e ADORANDO!!!!!!!
tem o lance do canto gregoriano que, ao que parece, o baden tava estudando com o moacir santos na época em que fez os afro sambas com o vinícius. e acho que na voz da virgínia rodrigues todo o sincretismo dos afro sambas ganha mais força. sei lá, vale a pena ouvir...
Arnaldo,
concordo com você, quanto à voz do Baden, que é deplorável. Mas andei me acostumando à voz dele, ultimamente. Como um amigo meu disse esses dias, "é como se fosse um vizinho, um parente cantando", alguém muito familiar, íntimo, e não uma estrela inacessível. Apesar disso, ainda é melhor ouvir outras pessoas cantando as músicas dele, até mesmo eu (que ele não me amaldiçoe por ter dito isso...) Agora, quanto ao violão dele, não tem papo. A pegada dele é poderosa, às vezes agressiva como uma metralhadora para em seguida ser sutil como a queda de uma pluma. Mas chega de puxar o saco dos seres divinos! Credo, nem eu me agüento!!!
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