terça-feira, 28 de abril de 2009
podemos ter a certeza de que não somos mais os mesmos.
(porque a gente é meio borboleta, depende do que nos envolve pra gente se transformar ...).
quinta-feira, 23 de abril de 2009
23 DE ABRIL
Hoje é um dia especial pra mim. Porque hoje é dia de São Jorge vou presentear alguns dos meus amigos mais próximos com um pequeno vaso com uma espada de são jorge plantada por mim. O vaso vai com os votos de proteção e coragem. Porque hoje é dia de São Jorge, de Capadócia, do Rio de Janeiro, vou me vestir de vermelho e branco, as cores de Xangô. Mas porque hoje também é dia de São Pixinguinha, um dos maiores músicos que esse Brasil já teve, acordei ouvindo Choro e quero passar por todos os discos que tenho do velho Pizindim para comemorar esse que é o Dia Nacional do Choro. Vou ouvir "Rosa", "Carinhoso", "Lamentos", "Samba de fato", "1 x 0", "Naquele tempo" entre outras músicas também memoráveis. E se hoje é 23 de abril, é também dia de Geraldo Pereira, o rei do sincopado, um dos sambistas que mais aprecio. Vou sambar de saia rodada na minha sala ouvindo "Falsa baiana", 'Escurinho/Escurinha", "Bolinha de papel", "Você está sumindo"... tudo daquele disco que eu adoro e que é só Geraldo Pereira na voz de Bebel Gilberto e Pedrinho Rodrigues. Mas hoje também é dia de um querido amigo, André Francioli, o bravo pirata do cinema brasileiro, diretor dos curtas "O Mundo Segundo Sílvio Luiz" e "Veja e Ouça – Maria Baderna no Brasil" e por isso mesmo acabei de ver "Aranhas Tropicais", seu mais novo filme. Alguns bons motivos para um belo brinde!
terça-feira, 21 de abril de 2009
SOBRE 7 PALAVRAS
num falso número de dramaticidade exagerada
improvisava sua sede de ser livre.
vivia em fuga, fugidia, fugitiva, dizia ela.
guardava o passado, museu de cera,
na velha caixa de sapatos coberta por fotos 3x4.
exibia tudo com orgulho,
escancarando sua cortina de dentes
emoldurada pelo batom vermelho.
sexta-feira, 17 de abril de 2009
ÁLBUM DE RETRATOS
Todos os que conhecem, desfrutam, respeitam e deleitam-se com a obra e a personalidade de Dona Ivone Lara, reconhecem a compositora musical e incrivelmente intuitiva, somada à cantora, dona de uma voz cujo timbre embala, conduz, convida o ouvinte e confirma o poder do samba e da Música Popular Brasileira. Seus famosos e cobiçados contra-cantos revelam nas canções as mais lindas melodias, que estavam ali sem que ninguém se desse conta. É a música dentro da música, a beleza no fundo da própria beleza. Seu timbre de mãe, de raiz, de olho d’água, faz parte do que há de mais sincero e fundamental na nossa cultura. Assim como os improvisos de Pixinguinha, a força de Clementina, a poesia de Cartola, as músicas de Caymmi, sem esforço, sem artimanhas, repousam na sua grandeza. Numa conversa extremamente agradável e descontraída, na casa do querido compositor Moacyr Luz, Dona Ivone revelou serenamente, que muitas vezes sonha com música, canta dormindo e acorda lembrando das melodias inteiras… achei isso tão revelador, tão poético, tão predestinado. É como se uma pessoa como ela, tivesse o direito de ser a preferida de alguém lá em cima. Vai ver que Morfeu em pessoa, cuida para que seu sono seja assim, embalado por melodias, harmonias, contracantos, que só Dona Ivone vai saber reproduzir quando acordar! Então ela acorda, munida das mais belas canções… e nos faz sonhar! Dona Ivone é um sonho meu, um sonho seu, nosso melhor sonho, pois ela é real!
domingo, 12 de abril de 2009
FLA x FLU
sábado, 11 de abril de 2009
DESCENTRAMENTO
soco no espelho
não sei
se sou
soco
. . .........ou
espelho
pedaços
partes
pecados
picados
pelo chão
ele enquadra
memórias
. .......... .eu
solidão
terça-feira, 7 de abril de 2009
ALL THE CATS JOIN IT
domingo, 5 de abril de 2009
sexta-feira, 3 de abril de 2009
ABRIL
E redesenhar minhas escolhas
Logo eu que queria mudar tudo
Me vejo cumprindo ciclos, gostar mais de hoje
E gostar disso
Me vejo com seus olhos, tempo
Espero pelas novas folhas
Imagino jeitos novos para as mesmas coisas
Logo eu que queria ficar
Pra ver encorparem os caules
Lá vou eu, eu queria ficar
Pra me ver mais tarde,
Sabendo o que sabem os velhos
Pra ver o tempo e seu lento ácido dissolver o que é concreto
E vejo o tempo em seu claro escuro
Vejo o tempo em seu movimento
Me marcar a pele fundo, me impelindo, me fazendo
Logo eu que fazia girar o mundo,
Logo eu, quem diria, esperar pelos frutos
Conheço o tempo em seus disfarces, em seus círculos de horas
Se arrastando feito meses se o meu amor demora
E vejo bem tudo recomeçar todas as vezes
E vejo o tempo apodrecer e brotar
E seguir sendo sempre ele
Me vejo o tempo todo começar de novo
E ser e ter tudo pela frente
Adriana Calcanhoto