segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A VOLTA DO VINIL

Folha Online : "A indústria do vinil deu novo sinal de vida em 2008. Com 1,8 milhão de unidades vendidas nos Estados Unidos no ano passado, a comercialização de LPs cresceu 89% em relação a 2007, quando 990 mil unidades saíram das prateleiras". O álbum (em vinil, é claro!) mais vendido no mundo no ano passado foi do Radiohead (grupo que se apresenta em março no Brasil) "In Rainbows", com 25.800 unidades vendidas.
Que beleza de notícia! Não adianta, vinil tem um som fantástico e pra mim não tem preço virar o disco na vitrola. O tamanho do encarte, as fotos maravilhosas, as fichas técnicas completas e em letras saudáveis, enfim.... poderia rezar um terço em favor dos bolachões. A única coisa que acho difícil é o peso dos danadinhos, principalmente pra quem tem muitos deles... No Brasil foram raros os lançamentos em vinil nos últimos anos. Sei que Ed Mota e Lenine lançaram LP's (acho que a Maria Rita também, mas não tenho certeza). É, quem diria, o CD é coisa do passado, o futuro agora é em vinil!

26 comentários:

A n d r e a disse...

oi dea, pra nossa felicidade, né.
o LP tem mesmo um audio perfeito e real, os cds que se cuidem! não ligo pra pirataria, não vai me doer a consciência se os magnatas da música tiverem que deixar de almoçar em Paris 1 vez por semana, porque perderam alguns milhões. também não vou deixar a pescaria no sebo, porque tem coisas que só lá. era mesmo lindo entrar na discolândia e ver aquelas capas incríveis na parede!!

a única fábrica de Lps da américa latina, a Polysom fica aí em Belford Roxo. o ministério da cultural está trabalhando em parceria com outras entidades, desde julho, para viabilizar a reabertura da empresa.

tenho que comprar uma agulha novaaaa!!!

Andrea Nestrea disse...

hahaha
agulha é um problema. o velho akai daqui de casa vai precisar de uma nova em algum momento (o f... é que às vezes esqueço o bichinho ligado, rodando.. a agulha dança nessa...) e o velho, bom e guerreiro gradiente que era do meu pai, esse sim tá sem agulha. acho que só em sampa, viu?
mas acho também que dá pra refazer as capsulas, enfim... de qq forma se pintar nova safra de vinis por aí, vão fabricar os brinquedinhos novamente.. (eu precisaria de uma vida e várias agulhas!!! haha) pra ouvir todos aqueles LP's de jazz do velho charles, nem preciso de nada novo, mas gosto muito da notícia!!!!
beijo déa!

Petrus disse...

Também gosto dos bolachões! Mas, convenhamos que, fora aqueles que cuidaram bem de seus antigos LPs, não dá pra imaginar um retorno, exceto em edições especiais ou comemorativas! Tornou-se "cult" e, infelizmente, muito caro! E obter as músicas gratuitamente na internet é irresistível!
:)))

Arnaldo Heredia Gomes disse...

Fui dos que demoraram muito pra abandonar os discos de vinil, quando o CD surgiu. Lembro-me que as lojas tinham as duas opções em lançamentos e eu insistia em comprar a opção em vinil. Acreditei, mesmo, que o CD não pegaria. Aos poucos cedi pois fui vencido.

O que mais senti falta era justamente dos encartes. Nenhum encarte de CD conseguiu me seduzir quanto eu era pelos encartes dos LPs.

Aos poucos, entretanto, me acostumei a ouvir música sem chiados. Tenho muitos discos de vinil, ainda em casa e, quando ripo um deles, me incomoda bastante ficar ouvindo a chiadeira. Além do mais, o lugar onde mais ouço músiga, atualmente, é no carro. Com a volta do vinil, será que terei que comprar uma vitrola a pilha para ouvir no caminho de casa ao trabalho?

Gustavo Cunha disse...

nem fala !
me desfiz de todos os discos de vinil e hoje me arrependo

os guardava naqueles engradados de garrafa onde os discos cabiam certinho e comprava os plasticos transparentes para encapá-los na Modern Sound, só vendia lá

e os sebos no centro ?!
que saudade, muita saudade de pegar o disco e largar a agulha levemente em cima da primeira faixa no meu velho Polyvox, que teve um upgrade pra Gradiente e depois pra Technics

ô tempo bom !!

Abs,

Petrus disse...

Sim, Deinha, concordo com você! Tem um mercado, mas formado por um público pequeno. Agora, desculpe discordar, mas 53 reais é caro sim! E não acho que seja apenas uma questão de escolha. Se fosse assim, ainda teríamos os álbuns, ou a maioria deles, lançados em CD e LP, o que não acontece mais. Se pensarmos que, além da pirataria e dos downloads gratuitos, temos a opção de comprar músicas avulsas, diferente do modelo antigo em que comprávamos o álbum completo, além do aparelhos de mp3, pequeninos, portáteis e cada vez mais baratos, fica ainda mais complicado a manutenção do CD e o retorno do vinil para o grande público! Mas, apesar disso tudo, acredito que o vinil não vai morrer! É um absurdo, seria o mesmo que acreditar na morte do rádio e do cinema por conta da TV! E muitos apostaram nisso!
:)))

Andrea Nestrea disse...

guzz, polivox é um negócio muito antigo, rsrsrs, que ótimo!! pois é, não tenho coragem de me desfazer deles. aliás, sempre compro na rua, por aí... saudades dos sebos da 7 de setembro. os plastiquinhos, poxa, tem um cara que ainda vende, mas é caro.... isso eu queria fazer, trocar todos os plásticos dos discos aqui de casa.

pedro! ninguém falou aqui em retorno dos LPs para o grande público (parece até nome de filme..) estamos falando na volta deles... pontual,projetos pensados, claro, e acho sim que cada vez mais artistas vão pensar nesses projetos. eu acho!!

e caríssimo arnaldo, ninguém nunca ouviu LP no carro e nem vai ouvir... já pensou a confusão? rsrs. lembra das fitinhas K-7, pois é... essas praticametne sumiram do mapa. acho que tenho uma meia dúzia aqui em casa, nada mais.... quanto aos LPs, tenho todos e ainda compro, principalmente aqueles 10 polegadas dos anos 50, que tenho verdadeira paixão! ah, o som aqui de casa é bom pra caramba, não tem chiado não!!!!

beijos em vcs.

Anônimo disse...

Interesante polêmica. Até parece uma mesa de bar isso aqui. Alguém pode pedior uma cerveja? Parabéns Andréa, papos inteligentes, conversa antenada com o futuro e com o passado. Perspicácia é a palavra que penso vendo/lendo esse seu CADERNO DIGITAL. Não compraria LPs pra mim, aliás, preciso ouvir mais música!! Mas daria de presente para quem gosta, se tivesse à venda.
Abraços e sucesso.
Gilson

Eli Carlos Vieira disse...

Penso como Petrus. Não é tão viável e fica mesmo para uma questão cult.
Tenho muitos, um misto dos que eram de conhecidos ‘mais velhos’ meus (e que me doaram) e outros que encontrei em sebos, também raros por aqui. Entre eles, um que estimo como ouro: “Trem Azul”, de Elis Regina (Que eu não trocaria por nada, muito menos uma versão límpida e cristalina de um CD). Mas quem gosta mesmo das bolachas, acaba achando boas fontes para encontrar um ou outro exemplar. Acredito também que os discos lembram uma época diferente (que, em grande parte, eu nem vivi) e, porque não, única. Não consigo conceber, com essa tecnologia existente, novos lançamentos em LPs, mas sim em CDs e MP3. A facilidade, o fator portátil e sem fronteiras das novas mídias fazem com que os LPs sejam sim importantes, mas apenas artigos de qualidade que são para coleção.
Por outro lado, por conta desse fator 'raro', não encontro fácil um lugar que conserte minha vitrola quando ela resolve parar e peno para encontrar agulhas. Mas até nisso, está o ‘barato da coisa’: a questão ‘rara’.

Abraços a todos,
e beijo, Andréa.

Nico Nicodemus disse...

Bem, continuo comprando LPs. Sempre que posso, dou uma volta nos sebos e é difícil não encontrar algum disco bom por um preço razoável. Claro que na internet é mais barato, e MP3 não ocupa espaço nos espaços apertados de nossa vida compacta onde não tempos espaço nem para nós mesmos. Mas gosto mesmo é de um bom vinil que só estraga se apessoa é descuidada, pessoa descuidada que também vai arranhar CDs e pisar em cima de ipods. Bem cuidado, o vinil tem uma vida útil maior que a nossa própria vida. Tenho discos dos anos 50 (os 10 polegadas citados pela Andréa) que praticamente não chiam. Certamente tiveram bons donos no decorrer de sua vida e, em minhas mãos vão durar muito mais. Qaunto a questão das agulhas, esse é um problema preocupante, realmente. A agulha do meu aparelho ficou um tempo sem surgir no mercado. Disseram-me que a Lesson tinha fechado as portas. Surgiu então uma similar chinesa (sempre os chineses) de qualidade duvidosa. Eis então que semana passada fui comprar uma agulha nova e encontrei novamente agulhas da Lesson!!! Questionei o vendedor a respeito e ele me disse que, de acordo com a demanda, a fábrica volta a produzir agulhas. Será que está aumentando a demanda por agulhas? Por precaução, comprei duas agulhas, rêrêrê...
Não considero que seja um feitiche ou saudosismo continuar ouvindo vinil. Simplesmente acho que não é porque surge uma nova mídia que as outras devam ser descartadas. A não ser que estejam envolvidos fatores como melhorias insuperáveis (O DVD é muito melhor que o VHS e quanto a isso não resta dúvida, assim como o vinil superou os 78 RPM de carbono). Ouço cd, mp3 e porque não o vinil? Devo então deixar de comprar livros porque ocupam espaço?

Anônimo disse...

gilson, eli e nico, que boa essa discussão, hein?!
nico, quanto tempo! agulhas novas da lesson, cara, que boa notícia! tá vendo? hehe

A n d r e a disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
A n d r e a disse...

Arnaldo, os lançamentos de bolachas vinham com fotos e encartes incríveis!! As capas tinham designs super originais, alguns albums vinham com posters em tamanho completo! às vezes eu me sentia lá dentro com os caras. : ) demais! os LPs ajudaram a definir a era de ouro do rock durante os anos 60 e 70. acho super cool. isso não tem nada a ver com saudosismo de coroa, não! : D sempre dou um giro nos meus vinis.


Eli, concordo que a portabilidade é o bicho, tenho um iPod e não vivo mais sem ele. mas não sei se a aura retro-rock do vinil é cult, não. e nem tanto onda nostálgica de coroa. não sou colecionadora de LPs, mas gosto de dar um giro nas ranhuras. o som dos discos tem uma qualidade mais calorosa, qdo vc compra um disco, vc reúne os amigos pra audição, o papo é a qualidade das fotos do encarte, as notas de rodapé que vem neles. vc compratilha. é diferente de plugar o iPod no ouvido e sair andando sozinho. é por isso que a moçada (principalemten americana) tá curtindo o groove do vinil.
: )


andrea,
um dos maiores colecionadores de discos de cera do Brasil fica no Ceará, o Arquivo Nirez (vc deve conhecer). ele é composto por um acervo arquivístico e museológico. tem a coleção de gravações em 78 rpm, de mais de 22 mil exemplares. imagina higienizar, digitalizar e catalogar tudo isso! a idéia é disponibilizar as trilhas na internet.

Andrea Nestrea disse...

andei lendo alguns artigos aí pela internerd sobre o lance da volta do vinil. e descobri qua a fábrica de lps européia está bombando... que a polyson, citada pela déa, está em vias de ser viabilizada pelo ministério da cultura como um bem cultural brasileiro, um patrimônio.
que a venda de CD'd e daownloads pagos vem caindo muito... enfim... o negócio é vr como ficará a questão no brasil, pois nos EUA e na europa já um fato 'o retorno dos que não foram'!! rsrs bj

Petrus disse...

Acho que esse post foi o que gerou mais comentários! Com esse aqui, são 15 ao todo! Será um recorde? Caderno da Déa também é polêmica!
:)))

Nico Nicodemus disse...

Curioso, né? Tanta polêmica por uma mídia ultrapassada...

Eli Carlos Vieira disse...

Ultrapassada, mas cada vez mais viva!
E viva! hehe

Andrea Nestrea disse...

acho que vou marcar umas reuniões em casa. só pra ouvir vinil.... cada pessoa escolhe um e apresenta.... são muitas histórias.... vai ser um dia pra ouvir, ouvir...

Arnaldo Heredia Gomes disse...

O primeiro vinil que comprei foi Agora, do Ivan Lins. Não tinha encarte, uma pobreza. O segundo foi Imagine do John Lennon que vinha com um poster magnífico, enorme, em que ele tocava um piano branco numa sala toda branca. Surtei.

Andrea Nestrea disse...

Ah, o primeiro vinil a gente nunca esquece!!! eu devia ter uns 13 anos. Fui até as lojas americanas no centro de uberlândia (era um passeio ir até as lojas americanas pois lá ficava a primeira escada rolante da cidade que era, obviamente, mais brinquedo do que tudo!) e comprei o 'falso brilhante' da elis regina!! que ouvi até, até...ainda tenho, apesar do risco na segunda faixa do lado B.
e o primeiro CD também foi lá que eu comprei. elizeth cardoso e raphael rabello, esse, infelizmente, sumiu das minhas coisas......

Nico Nicodemus disse...

Já eu, começei com o Yellow Submarine, aos 7 anos.

Arnaldo Heredia Gomes disse...

Elizeth Cardoso com Raphael Rabello é de arrepiar. Eu tenho o vinil, depois ripei pra CD e depois comprei o CD. É magnífico. Aliás, Elizeth Cardoso é covardia!

Anônimo disse...

é arnaldo..
rsrsrs.
(seu nome me lembra uma boa história da época da faculdade na USP. uma das melhores, até!!! outra hora eu conto).
elizeth é incrível!! e aqueles dois discos com o zimbo trio, jacob do bandolin e época de ouro? sem palavras, né? eu tenho váaaaarios LP's dela. alías, vou visitá-los agora!
bj

Joaquim Martins Cutrim disse...

Pessoal, visitem meu blog http://limpezadevinis.blogspot.com OU o índice geral, o http://joaquimcutrimblogs.blogspot.com QUE lá tem muitas e muitas dicas sobre vinil, conservação, onde comprar no Rio e em São Paulo, etc. Na revista Video Som saiu uma matéria "A volta dos Bolachões", achei excelente. Contribuí. Abcs Joaquim M. Cutrim.

Joaquim Martins Cutrim disse...

Você não vai ouvir LP no carro amigo, trata-se de mais uma opção e um jeito de ouvir música, um jeito de olhar, comprar, emocionar-se. O prazer de comprar uma arte gráfica misturada com enormes fotografias, posters e uma mídia que não se acaba com o tempo, pois já toca há 63 anos.
Acabou-se a ditadura digital.
E você, que falou de mídia ultrapassada, não sabe que o LP é a primeira cópia do som real e o espelho mais perfeito desta. No LP, não são perdidos detalhes do sinal elétrico dos microfones (Senóide elétrica especializada em milivolts exatos (1,57 mv, por exemplo, e não inteiros como no CD, que corresponderia a apenas 1 milivolt, no caso) Já deu agora para saber porque o LP tem um som mais aproximado do real, né? É matemático! Mais detalhes dessa superioridade em http://vinilnaveia.blogspot.com NO mais, viva os sebos e a garimpagem! Joaquim.

Joaquim Martins Cutrim disse...

E a Polysom já está fabricando vinis sim, já a algum tempo neste findando 2009, basta entrar no seu Twitter:

http://twitter.com/polysom