segunda-feira, 3 de novembro de 2008

ARRUMANDO O ÁRMÁRIO

Arrumo o meu armário de portas de correr.
As quatro estações cabem em caixas e gavetas.
Uma caixa florida para piscina e praia,
Duas gavetas para as meias e blusas de inverno,
Outra para as meias mais finas, meia estação.
Guardo os sutiãs em uma pequena caixa.

Jogo fora as meias sem par, as calcinhas frouxas, os biquínis puídos de cloro, sal e sol. Uma canção me vem à cabeça: “Hoje eu vou mudar, arrumar minhas gavetas, jogar fora sentimentos e ressentimentos tolos...” minha mãe ouvia isso quando eu era uma menina... Vanusa, o fino do brega!
Como posso me lembrar tão bem dessa canção que nunca mais ouvi?
A memória, às vezes, nos denuncia!! Mas agora eu ouço jazz.
Anita O’Day equilibra meus sentidos com sua voz maravilhosa e surpreendente.

Separo minhas roupas também pelo cheiro, hábito que algumas pessoas possuem e cultivam. Como a Fermina em "O amor nos tempos do cólera", que descobre que seu marido a traia pelo cheiro diferente que sente nas roupas dele. O cheiro é a memória do corpo que insiste em se perpetuar na roupa. Então, se a memória é boa, guardo a roupa nas gavetas, se não, mando tudo para a lavanderia....

Um comentário:

Living Away disse...

descobri que sinto falta de neve, nao do inverno todo branco e cinza, mas da primeira neve que cai deixando a noite pura com seu branco total. adorava sair a noite de pijama e casaco so pra sentir os flocos no cabelo e lembrar que dentro de algumas horas eu estaria reclamando do que meu deu prazer.
essa semana lendo alguns blogs, percebi que era hora de mudar as roupas do armario. foi ai que tambem cantei vanusa...jogar fora sentimentos e ressentimentos tolos...

po, eu tenho essa musica no meu ipod! reciclagem urgente!