quarta-feira, 8 de junho de 2011

FRAGMENTOS DE UM DISCURSO AMOROSO

decidi há um tempo que minhas fotografias e as coisas que eu escrevo e publico devem estar, originariamente, primeiramente, sempre, ligadas a mim, ao meu mundo e às coisas que eu faço.  "j'ai decidé faire de ma vie la matière même de ma parole", como já disse aqui. voltar meus olhos pra o meu corpo, meu rosto, minhas coisas, minha casa, para o que eu vejo, para o que me faz gelar, para o que deixa meu coração aos pulos, para o que me move, me toca, me molha, para o que me faz criar... comecei a série sobre a minha casa, sobre o lugar onde vivo e que me cerca, sobre isso que é a minha paisagem interna, para o que compartilho com alguns escolhidos mas que, mesmo que agora muitos possam ver, poucos podem entender.... dei o nome de fragmentos de um discurso amoroso, nome de um dos mais belos textos de roland barthes que eu li muito moleca, quase sem nada na cabeça, quase sem entender nada, revisitei o livro e uso o título, na aposta de que é preciso experiência pra entender um monte de coisas, é preciso tempo pra gente poder ver as coisas com olhos mais profundos. segue aqui o começo da série...

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