ontem, no teatro oi casagrande, houve a premiação do zilka sallaberry, prêmio dedicado ao teatro infantil e que chega a sua nona edição.
a noite foi marcada não só por diversos erros técnicos nas transmissões, vídeos e homangens, uma gafe tecnológica num teatro patrocinado por uma pesquisa de ponta na área. lamentável. o nome impresso no convite, por exemplo, era sétimo premio zilka sallaberry...
mas, mais lamentável ainda, foi perceber que numa noite em que a classe do teatro infantil se junta não foi falado por ninguém que nesse mesmo dia foi anunciado pela prefeitura do rio de janeiro o fechamento do teatro municipal do jockey, teatro que tem sua programação quase que exclusivamente voltada para o público infantil e que abriga um centro de referência sobre a cultura infância na cidade. ou seja, deveria ser um dia de luto para quem trabalha com a cultura para a infância no rio de janeiro.
daí penso, o que há para se comemorar? o que importa são prêmios pessoais? até quando essa classe poderá contar com teatros públicos para realização dos seus projetos?
o secretário municipal de cultura do municipio, marcelo calero, não foi ao evento, mandou um representante, provavelmente com medo de alguma vaia do público que, infelizmente, não veio. a impressão que fica é que aquelas pessoas estavam no lugar errado, na hora errada. será que defendem uma política pública pra o teatro infantil? não creio, o silêncio sobre o fechamento do teato do jockey foi terrível, apesar de esclarecedor.
ano passado morreu lúcia coelho, uma mulher que teve toda a sua vida dedicada ao teatro infantil na cidade do rio de janeiro, um baluarte. o prêmio zilka sallaberry homenageou monteiro lobato, esse monstro sagrado e consagrado, todos nós sabemos... mas cadê a valorização e reconhecimento ao trabalho de lúcia coelho pela classe num dos maiores prêmios dedicados ao teatro infantil?
lamentável, lamentável.
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