O pequeno vaso sobre a mesa é de plástico rosa e abriga vários tipos de suculentas.
A garçonete do café, sentada atrás do balcão, come apressadamente alguma coisa massuda enquanto fala alto com outro colega de trabalho.
A luz da vitrine é forte demais e o salão está praticamente vazio.
A Serra do Curral, adormecida e soberana, é emoldurada pela grande janela de concreto vermelho.
O capuccino veio ralo, com gosto de nada e sequer me aquece
do vento que sopra frio e anuncia as pancadas de chuva previstas pela moça do tempo na TV.
Nada de Conversações. Nem abri o livro que tenho urgência na leitura.
E, por algum motivo que eu desconheço, teimo em registrar este momento, longe do Rio de Janeiro e dos acordes do seu violão.
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